Há mais de 15 anos atuando no mercado de audiovisual, Hugo Gurgel, coordenador do curso intensivo de Efeitos Visuais (3 meses) da EBAC e um dos sócios da empresa de pós-produção Quanta Post, se deparou com um dilema: precisar de um supervisor de efeitos visuais para a equipe e não encontrar um profissional qualificado.
Uma das saídas de Hugo foi pensar em um curso que forme profissionais para atuar em produção de novelas, filmes, publicidade e games. A ideia das aulas, segundo Hugo, é dar uma visão geral, começando na leitura do roteiro, seu preparo para a filmagem, listar os efeitos que serão usados até o efeito pronto.
“O papel do supervisor de efeitos visuais é garantir que a filmagem cumpra todas as necessidades técnicas para que os efeitos possam ser aplicados com qualidade na pós-produção. O mercado é carente. As produções muitas vezes têm dinheiro, mas não tem esse profissional”, avalia o diretor.
Ele cita como exemplo a filmagem da segunda temporada da série 3%, para a Netflix. “Temos efeitos muitos sofisticados na série, então estamos muito presentes nas filmagens para ter certeza de que os efeitos poderão ser aplicados. Caso o diretor pergunte ‘posso usar a câmera aqui’ ou ‘posso filmar essa cena sem chroma key’, entre outras, o supervisor tem que saber responder rápido. Mas sinto falta dessa educação. Esse curso preenche um pouco essa lacuna do mercado, pois só com formação você tem respostas rápidas”.
Aqui o trailer da primeira temporada de 3%:
Para incentivar a turma, Hugo pretende contratar um aluno do curso para trabalhar no Quanta Post. Para isso, ele destaca três habilidades fundamentais que vai buscar nesse profissional: entendimento das necessidades dos efeitos durante as filmagens, ou seja, uma boa noção técnica de pós-produção; entendimento da imagem em si e de fotografia; e, por fim, muita boa vontade. “Serão filmagens longas, de até 12 horas ou mais. Boa vontade não pode faltar”, diz Hugo.
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