Skullfish durante o VR Festival

Gabi Thobias fala da Skullfish Studios, sua startup de games

O Hyper VR Festival, festival de Games que aconteceu em setembro, em São Paulo, aqui na EBAC, trouxe algumas das empresas brasileiras que se dedicam a criação deste tipo de tecnologia em 360 graus. Um dos destaques entre os expositores desta edição foi Gabriela Thobias, da Skullfish Studios, empresa lançada há um ano que criou o game Lila's Tale e desenvolve projetos em VR para empresas.

Formada em design gráfico, Gabi trabalhou como designer de e-commerce e foi migrando para empresas de games, sua paixão desde a infância. Em um bate-papo com a EBAC, Gabi nos contou sobre a carreira e o lançamento da startup.

Como foi o seu início na carreia dos games?
Sempre gostei de jogos. Trabalhei um tempo  como designer gráfico, depois fui para um e-commerce de moda e na sequência migrei para uma agência de jogos digitais. Depois fui convidada para mudar para Manaus e integrar o time de desenvolvimento da Samsung. Lá conheci o Rafael Ferrari, meu sócio. Percebemos nossa afinidade pela criação de games e saímos da empresa em 2016.

Como surgiu a ideia de criar uma startup de games?
O Rafa foi para Austin estudar realidade virtual por três meses. Nessa época já tínhamos uma versão do Lila`s Tale mais simples e começaram a surgir contatos bem importantes da área. Ganhamos um programa de mentoria na Malásia, onde passamos três meses estudando a fundo o mundo VR.

Quais os destaques do Lila`s em relação aos outros games?
A primeira coisa é a arte, que inclusive já foi premiada. Ela é toda inspirada em aquarela, bem colorida. Um outro ponto é que você aprende o jogo rápido.

Você sente que ainda existem poucas mulheres no universo da criação de games? 
Tem pouca mulher nos games, mas não tão pouca quanto antes. Está se igualando. Hoje as pessoas sentem que conseguem.

Quais as suas dicas para quem deseja trabalhar na área?
É muito importante fazer contatos. Eles que nos ajudaram ou indicaram a gente para projetos. Por isso vale participar de feiras e tudo mais relacionado ao mundo dos games. Outra coisa é acreditar no seu poder. Brasileiro tem uma coisa de achar que ‘não pode fazer a coisa’, mas nós somos muito bons nisso.