Vestibular não é tudo! Seleção sem prova é mais humana e pede criatividade em dia

Seja qual for a sua área de atuação, na maioria das universidades e faculdades brasileiras você terá pelo caminho o mesmo método de seleção para iniciar um curso de graduação: respirar fundo e encarar o vestibular.

No entanto, algumas universidades no Brasil já adotam modelos diferentes, como o considerar a nota do Enem e entrevistas. Na EBAC é assim: a seleção para os cursos de graduação é feita através de uma entrevista, apresentação de portfólio e do certificado de proficiência na língua inglesa. Mas há vantagem no processo sem vestibular?

Para o psicoterapeuta, escritor e palestrante Leo Fraiman, esse tipo de processo seletivo se aproxima do que o mercado deve exigir no futuro: um cenário em que os candidatos possam se expressar melhor, mostrar seu repertório e habilidades para os cursos de forma menos rígida e mais humana.

“A gente está diante de uma revolução na nossa vida, apontando para uma mudança na nossa forma de ensinar, aprender, amar, viver. As competências do futuro serão diferentes das que nos trouxeram até aqui. O conhecimento cognitivo, aquele das matérias da escola, não vai dar conta das demandas do futuro. Por isso as empresas têm procurado cada vez mais gente com criatividade, com características empreendedoras e inteligência emocional”, diz Fraiman.

Para ele, as competências exigidas hoje vão além da física, da história, principalmente quando se fala no ingresso em cursos de artes. “Muita gente não vê o quanto a arte desenvolve habilidades e competências importantes como senso crítico, disciplina, foco, jogo de cintura. A arte não é firula”, comenta.

Já a coach Beth Aguiar, que atua com orientação de carreira para jovens e presta consultoria a escolas, vê pontos favoráveis para o modelo, embora ressalte: “Estudantes com menos habilidade social podem sentir-se menos seguros em uma entrevista, mas o avaliador não deve levar isso como um critério para eliminação”.

“No vestibular o ponto fraco do aluno pode tirar dele uma vaga, desconsiderando o todo. Esse é um ponto positivo das seleções onde o candidato fica cara a cara com os coordenadores do curso: o todo que o aluno tem para oferece é levado em consideração, ou pelo menos, deveria. Além disso, o estudante tende a ficar menos tenso, pois vai responder a perguntas sobre a área que ele escolheu, então espera-se que ele tenha mais afinidade, interesse e fique mais à vontade”, avalia ela.

Para a coach, outro ponto que favorece esse tipo de seleção é a quebra do “discurso pronto”. “Na fala, ao explicar suas vivências e trabalhos, a pessoa se revela. Ela pode sustentar um ponto de vista, um tipo atrás de uma redação ou de um teste com múltiplas escolhas. Cara a cara o discurso pode perder a força”.

Ela ainda dá uma dica: “Se você vai a uma entrevista de seleção para um curso de graduação, considere isso como uma entrevista de emprego. Leve a sério, prepare-se, seja pontual e sincero”.

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