Em cartaz: peças de teatro com cenografia de André Cortez
O professor do curso de Especialização em cenografia André Cortez, idealizou os cenários de várias peças que estão nos teatros de São Paulo e do Rio de Janeiro. Perguntamos a ele como foi realizar essas criações, para entender melhor o trabalho do premiado cenógrafo.
Como se deu a produção da cenografia de tantas peças diferentes?
É muito divertido lidar com muitas linguagens ao mesmo tempo. É um exercício de compreensão da pluralidade das expressões literárias.
Os cenários criados para peças de teatro tem algo em comum? Ou são sempre propostas distintas?
São contextos bem diferentes. Propostas diversas sim: viva a diversidade! Mas o que existe em comum entre os cenários é o raciocínio de que a cenografia está sempre inserida no jogo da cena, tentando não ilustrar uma dada situação, mas sim participar da narrativa como se fosse mais um ator e seu personagem.
Me explique melhor o que você quis dizer com "tentando não ilustrar uma dada situação"
Significa que a cenografia deve demonstrar o conceito da peça de forma mais abrangente. Não deve se prender a uma única parte ou cena, ou uma citação. Deve ter vários significados em vários momentos de acordo com as palavras e ações.
A cenografia de Andre Cortez está presente nas peças:
Love, Love, Love - Teatro Vivo (SP). Até 27 de Maio | Sexta (20h), Sábado (21h) , Domingo (18h)
O Musical da Bossa Nova - Teatro Adolpho Bloc (RJ). Até 27 de Maio | Sexta (20h), Sábado (17h e 20h) e Domingo (18h)
Silêncio.doc no MUBE (SP). Até 26 de Junho | Terça (21h)
MOILIÈRE no SESI da Paulista (SP). Até 29 de Julho | Quinta a Sábado (20h), Domingo (19h)
Se existe ainda não encontrei - Teatro Eva Herz (SP). Até 3 de junho | Sábado (21h) Domingo (19h)
Andre Cortez é coordenador do curso de Cenografia.