Uma aula de Stephan Doitschinoff sobre seu processo de criação

Um artista brasileiro, com uma obra de alcance internacional e carregada de simbologia, que se apropria de estruturas conservadoras como a igreja, a militar e a sociedade para passar sua mensagem. Um trabalho primoroso com atuação em diferentes vertentes, que vai desde pinturas em telas até performances em locais luxuosos e em espaços públicos. Para Doitschinoff, uma de suas inspirações vem dos hackers. Ele explica que a ideia é utilizar a estrutura dessas instituições, como o templo, o hino, a farda, a procissão, entre outros, adicionando símbolos e ideias que vem de reflexões pessoais, ressignificando o conteúdo original, o que muitas vezes pode parecer subversivo diante de uma estrutura conservadora.

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O Cvlto do Fvtvrv, 2016 - Stephan Doitschinoff

Durante sua apresentação, o artista contou detalhes do processo de criação de algumas de suas obras em tela, como Agricultura Celeste (2010) e O Diabo (2012), e falou sobre as performances de projetos, como Ventre Livre (2012) e Cvlto do Fvtvrv (2016). Os alunos participaram da apresentação fazendo perguntas ao convidado. Beatriz Sena, aluna do curso de especialização em Ilustração na EBAC e admiradora do trabalho de Doitschinof, ficou sabendo que ele estaria na escola e fez questão de participar da aula para tentar desvendar o mistério do Cvlto do Fvtvrv. “Eu já tinha estudado o trabalho dele antes, então, a maioria do que ele mostrou eu já tinha visto em documentários e vídeos no YouTube e comprei um livro dele também. Minha grande questão era saber mais sobre os mistérios dessa performance. Foi uma oportunidade muito legal ter conversado com ele”, comentou.

Obra Agricultura Celeste, 2010 - Stephan Doitschinoff
Obra Agricultura Celeste, 2010 - Stephan Doitschinoff

Já a estudante Carolina Brandani do curso de Graduação - Bacharelado Britânico em Design Gráfico na EBAC vibrou com a oportunidade de ver o trabalho tão de perto e falou sobre a importância de conhecer detalhes do processo criativo dele para expandir sua área de atuação. “Eu nunca tinha pensado em trabalhar com performance e, na hora que o vi falando, já fui tendo mil ideias. Ele trabalha muito com simbologia, por isso acho que temos que levar essa experiência para a vida, já que os símbolos estão no nosso dia-a-dia. A arte dele é aquela que você para, vê e revê e vai descobrindo coisas novas. É aquele tipo de arte que você pode ver mil vezes e ainda assim ela vai ter alguma coisa para te contar”, disse.

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O artista falou também da sua experiência em participar da atividade aqui na escola e destacou a importância de trocar e dividir ideias para o desenvolvimento pessoal, profissional e para traçar caminhos novos. “Discutir sobre o trabalho é algo fundamental neste processo e acho que aqui é um local apropriado para isso”. Doitschinoff compartilhou com a gente que está em eterno aprendizado e que gosta de estudar a trajetória de artistas que acompanha. “Eu gosto de ouvir relatos de outras pessoas e de outros artistas sobre as intempéries da carreira e sobre o processo de pesquisa, já que às vezes as pessoas têm que se debruçar sobre coisas que não existiam antes para criar caminhos que nunca foram traçados”, finaliza.

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